Royal Blood é a dupla de “drum & bass” mais interessante do rock atual
Pablo Miyazawa
A história dos ingleses do Royal Blood merece ser contada.
Em 2013, sem ter uma única música gravada, a banda ganhou a melhor propaganda possível: Matt Helders, baterista do Arctic Monkeys, vestiu uma camiseta do grupo novato durante um show no festival de Glastonbury. Nos meses seguintes vieram uma turnê abrindo para os ''padrinhos'', um contrato com a gravadora Warner e um disco que chegou ao topo da parada britânica logo na primeira semana de vendas. Tudo isso em menos de um ano, e com uma banda formada por apenas duas pessoas: um baixista-cantor, Mike Kerr, e um baterista, Ben Thatcher.
Mas o aspecto mais interessante do Royal Blood é que trata-se de um duo de rock pesado que NÃO utiliza guitarras. Todo peso dos riffs vem do baixo tocado solitariamente por Kerr, que utiliza pedais de efeitos e três amplificadores ligados ao mesmo tempo. O truque técnico cria uma sonoridade que remete a uma guitarra distorcida tocada em uníssono com um baixo bem grave. O resultado é dos mais interessantes – cru e minimalista, mas melódico e envolvente, também graças aos vocais sussurrados de Kerr e a bateria virtuosa de Thatcher.
O disco “Royal Blood” acabou de sair no Brasil, então escrevi sobre a dupla para o UOL Música. Confira aqui a reportagem completa e a entrevista com Ben Thatcher, que literalmente representa 50% do Royal Blood.
E assista abaixo a uma pequena amostra ao vivo e recente do trabalho dos rapazes. Acha que vale todo hype?