Blog do Pablo Miyazawa

Existe espaço para duas Comic Cons no Brasil?

Pablo Miyazawa

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Logotipos dos eventos concorrentes BCC e CCXP. (Montagem UOL/Reprodução)

Amanhã, 15 de novembro, começa a batalha das Comic Cons no Brasil.

Para quem é nerd das antigas, a briga entre eventos de fãs não é novidade. No começo desse século, Animecon e Anime Friends disputaram a atenção e o tempo dos aficionados por animes, mangás e cultura japonesa. Quem detinha os direitos sobre a marca “Anime”, afinal de contas? Pelo visto, o público, que manteve a febre viva e em alta durante os últimos 20 anos – ainda que de uma maneira diferente de antigamente.

Agora essa briga amplificou por toda a cultura pop. Os eventos são maiores, falam sobre mais assuntos e consequentemente atraem mais pessoas. Ainda se dirigem a uma espécie de “gueto” do entretenimento, mas já expandem seus tentáculos e se aproximam cada vez mais daquilo que ainda é chamado de mainstream. O Brasil Game Show, no mês passado, atraiu 250 mil interessados por videogame e cultura digital. Não é pouca coisa.

E o Brasil, mais especificamente São Paulo, abriga dois novos encontros de fãs. Carregam nomes semelhantes – ambas chamam-se “Comic Con” – e trazem propostas parecidas: celebrar a cultura pop e proporcionar ao público experiências semelhantes às dos visitantes da já tradicional San Diego Comic-Con. Cada uma tem suas qualidades e peculiaridades e visam conquistar um mercado volumoso e apaixonado, mas que ainda não é bem atendido no país.

Nesse fim de semana, acontece a Brasil Comic Con. Já de 4 a 7 de dezembro, é a vez da Comic Con Experience. Leia aqui minha reportagem que compara esses encontros e coloca em questão a confusão de haver dois eventos parecidos em tão curto espaço de tempo. Será que o fã brasileiro de cultura pop está pronto e disposto a consumir tamanha variedade? A pergunta ainda não tem resposta, mas já se sabe quem irá decifrá-la: os próprios fãs.